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sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Tremor em Maringá assusta moradores



11h30

Maringá, noroeste do Paraná, registrou ocorrências de tremor no centro da cidade, agora pela manhã (sexta). Em Mandaguaçu, município vizinho, alguns moradores também afirmaram terem sentido o abalo. Segundo a Defesa Civil, ninguém ficou ferido e não houve danos na estrutura das residências. A hipótese mais provável até agora é de que seja um reflexo do terremoto de mais de 6 graus ocorrido em maringa.



CURITIBA - Moradores de Maringá, no norte do Paraná, sentiram um leve tremor de terra por volta das 11h da manhã desta sexta-feira, 2. Alguns prédios foram evacuados pelo Corpo de Bombeiros, mas nenhum dano material foi registrado. De acordo com o professor do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, George Sand França, trata-se de um reflexo do terremoto de magnitude 6,7 registrado em Santiago Del Estero, a cerca de 800 quilômetros de Buenos Aires, na Argentina.


  • Abalo na Argentina faz prédios tremerem em Maringá

  • Rubia Pimenta
Um abalo sísmico, de 6,7 de magnitude na escala Richter, ocorrido em Santiago del Esterno, no Norte da Argentina, teve seu reflexo sentido em Maringá na manhã desta sexta-feira (2). O Corpo de Bombeiros recebeu 12 chamadas, grande parte da região central da cidade, por volta das 11h, de pessoas relatando o tremor, que durou cerca de três segundos. O registro oficial do abalo na Argentina é das 10h47.
As pessoas que trabalhavam no edifício comercial Benedito Correia de Oliveira, localizado na Avenida Brasil, 4493, passaram por um grande susto. O prédio, que tem cinco andares, sofreu um leve tremor, amedrontando quem estava no local, em especial na parte mais alta.
"Foi muito rápido, coisa de segundos. Eu estava sentada, quando percebi a cadeira ir pra frente e para trás. Achei que fosse normal, pois ela possui rodinhas. Mas logo depois vi o pessoal dos andares de cima descendo gritando, dizendo que o prédio iria cair, então fiquei com medo e desci também", conta a auxiliar administrativa, Mirian Moraes, de 23 anos, que estava no segundo andar.
Após o abalo, o alarme tocou e o edifício foi evacuado por aproximadamente uma hora, para que os bombeiros fizessem uma vistoria no edifício. "Averiguamos os andares superiores, pois nos disseram que haviam rachaduras, mas não encontramos nada. Verificamos também o térreo e as pilastras, e constatamos que o prédio está seguro", disse o sargento Amilton Santana.

Douglas Marçal
Edifício na Avenida Brasil foi evacuado; tremor causou medo às pessoas que trabalhavam, em especial nos andares mais altos 

No edifício funcionam salas comerciais e a sede do Paraná Assistência Médica (PAM). Cristiane Ponte, de 36 anos, que estava no local tomando soro, precisou ser socorrida por uma ambulância. Ela, que está grávida de 11 semanas e é hipertensa, passou mal por conta do susto.
Outras chamadas
Segundo o Corpo de Bombeiros cerca de 15 chamadas foram solicitadas, grande parte delas da região central, relatando o tremor. Moradores de um prédio em Mandaguaçu também se sentiram o abalo e saíram dos recintos.
Apesar do susto, nenhuma outra edificação precisou ser evacuada. O prédio da Receita Federal também sentiu tremores. Funcionários que estavam nos andares superiores saíram dos recintos por vontade própria. Os bombeiros estiveram no local, mas não interditou a área.
Situação normal
Segundo o professor do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), George Sand França, situações como essa são normais e ocorrem em diversas cidades do Brasil com frequência.
"O fenômeno é consequência de abalos sísmicos, mas em raros casos estes ocorrem no Brasil. Em geral, o que as pessoas sentem são reflexos de terremotos distantes. Tais reflexos são sentidos desde 1906 nos grandes centros urbanos brasileiros", conta.
Segundo o professor, de modo geral, qualquer terremoto gera oscilações (ondas sísmicas) que podem, dependendo da energia liberada pelo fenômeno e de fatores geológicos, se propagar na crosta terrestre até longas distâncias. "Os prédios mais altos sentem essas ondas sísmicas com maior facilidade", conta Sand.
Paraná
Outras cidades do Paraná também sentiram os reflexos do terremoto na Argentina, como Cascavel. Conforme o professor do Observatório Sismológico, os tremor foi sentido no Paraná, pois o terreno é de bacia sedimentar, o que facilita a oscilação dos prédios.
Argentina
Segundo a Agência Brasil, os tremores na Argetina foram registrados em dois momentos do dia, mas o mais o intenso ocorreu por volta das 10h47. O terremoto mais forte foi observado a 30 quilômetros de Anatuya, cidade com pouco mais de 30 mil habitantes. Não há informações sobre vítimas e danos.
Em janeiro deste ano, a região de Santiago del Estero foi atingida por um terremoto de 7 graus na escala Richter. A província de Santiago del Estero é famosa na região por abrigar sítios históricos e também pelas estações de água.

TREMOR DE TERRAS ASSUSTA EM MANDAGUAÇU



TREMOR DE TERRAS NO NORTE DA ARGENTINA É SENTIDO EM MANDAGUAÇU. Funcionários do Departamento de Educação de Mandaguaçu se assustaram ao sentir o prédio onde trabalham balançar na manhã desta sexta feira.Houve correria e todos sairam do prédio. De acordo com pessoas que trabalham no local, o edifício de quatro andares balançou várias vezes.
De acordo com informações do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, o abalo sísmico foi de 6,4 graus de magnitude na escala Richter e o epicentro foi à 600 km de profundidade na província de Santiago del Estero, no Norte da Argentina. O registro oficial é das 10h50.
O chefe do Observatório, Lucas Barros, explicou que o abalo sísmico de grande profundidade tem baixa intensidade na superfície. Contudo, gera ondas que viajam a longas distâncias. “Isso causa pequenas vibrações principalmente em locais mais altos, como prédios. As extremidades, os andares superiores de edifícios altos, podem oscilar com maior amplitude”, explicou. Segundo Barros, há relatos de moradores de Goiânia (GO) que também sentiram o tremor.

"O tremor é sentido no Paraná porque o terreno é de bacia sedimentar e nesses locais os prédios balançam", contou o professor de sismologia.
Com informações do G1. com.br

O ALERTA QUE VEM DA ILHA DE PASCOA


Conhecido por ter erguido enormes estátuas de pedra, o povo rapanui deixou de existir porque não foi capaz de preservar a ilha em que vivia. Seu legado sombrio nos serve de alerta
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Ao descobrir uma pequena ilha no meio do Pacífico Sul, no domingo de Páscoa de 1722, o navegador holandês Jacob Roggeveen ficou impressionado. Não pela beleza, pois já havia visto ilhas bem mais paradisíacas.
O que causou espanto foram gigantescas estátuas de pedra, espalhadas pela ilha. Nos 150 anos que se seguiram, pelo menos mais 53 expedições européias alcançaram o pedaço de terra.
Os diários de bordo dos exploradores relatam que, a cada nova visita, menos daquelas figuras enormes eram avistadas ao longe: elas estavam todas sendo derrubadas. Até que, em 1825, os tripulantes de um navio inglês não encontraram mais nenhuma em pé.
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Segundo os exploradores europeus, as estátuas, chamadas de moais, pareciam testemunhas de uma sociedade em colapso. O próprio Roggeveen escrevera em seu diário: "A aparência destruída não poderia dar outra impressão além de pobreza e improdutividade singulares". Em meados do século 18, o povo rapanui, que habitava a Ilha de Páscoa, já estava em decadência.
Bem antes da chegada dos europeus, a ilha experimentara séculos de progresso, com plantações em franca expansão e comida abundante. Em algum momento, entretanto, algo deu muito errado.
A população cresceu demais, as florestas sumiram, o solo sofreu erosão, a agricultura não vingou mais e as aldeias rapanuis se consumiram em guerras.
Para um grande número de pesquisadores, o colapso foi causado pela ação descuidada do homem sobre a natureza. Não é à toa que a Ilha de Páscoa é atualmente apontada como uma espécie de metáfora do futuro da Terra: o que houve com os rapanuis é mais ou menos o que pode acontecer com a gente.
UMBIGO DO MUNDO
Distante 3.600 quilômetros do continente mais próximo, a América do Sul, e 2 mil quilômetros da ilha mais próxima, Pitcairn, a Ilha de Páscoa é um dos pontos mais isolados do planeta.
Tem 170 km² – metade da área de Belo Horizonte, a capital mineira. O nome dado pelos rapanuis a seu território fazia jus à situação geográfica: Te Pito Henua (algo como "o umbigo do mundo"). A ilha também era chamada de Rapa Nui, ou "Rapa Grande", por sua semelhança com uma ilha menor chamada Rapa. A história da ilha é controversa.
A geografia de Páscoa
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(mapa: Wikipedia)
Páscoa é uma ilha vulcânica, seu território tem a forma triangular, no limite da Polinésia Oriental. Sua origem consiste em três vulcões que emergiram do mar um junto ao outro, em tempos diferentes, nos últimos milhões de anos, e têm estado adormecidos ao longo da história de ocupação da ilha.
O mais antigo deles é o Poike, que entrou em erupção há cerca de 600 mil anos, formando o canto sul do triângulo. A subseqüente erupção deu origem ao Rano Kau, o segundo a emergir, formando o canto sudoeste da ilha. Por último, a erupção do Terevaka, localizado no canto norte do triângulo.
A ilha ocupa uma área de 170 km² e sua elevação é de 510 metros. A sua topografia é suave, sem vales profundos, exceto suas crateras e encostas íngremes e cones de escória vulcânica.
A geografia de Páscoa sempre representou grandes desafios para seus colonizadores, como até hoje ainda o é. Seu clima, embora quente para os padrões europeus e norte-americanos, é frio para os padrões da maioria das ilhas da Polinésia. Tanto que plantas importantes, como o coco (introduzido em Páscoa somente em tempos modernos), não se desenvolvem bem na ilha, e a fruta-pão (também recentemente introduzida), e sendo Páscoa um lugar ventoso, cai do pé antes do tempo.
Além disso, o oceano ao redor é demasiado frio e não permite a formação de recifes de coral, tornando a ilha deficiente tanto para peixes e moluscos associados aos atóis de coral, como para peixes em geral (de todas as espécies de peixe existentes, Páscoa possui apenas 127). Todos esses fatores resultam em menos fontes de alimento. Além do que, a chuva – cuja precipitação média anual é de 1.300 mm, aparentemente abundante, infiltra-se rapidamente no solo vulcânico e poroso da ilha. Há, portanto, limitação de água potável. Somente com muito esforço os insulares obtêm água suficiente para beber, cozinhar e cultivar.
A ilha antes dos europeus
Na pré-história humana, até 1.200 a.C, a expansão polinésia é contada como uma das explorações marítimas mais dramáticas. Povos vindos do continente asiático – agricultores, navegadores, aparentemente originários do arquipélago de Bismark, a noroeste da Nova Guiné, atravessaram quase dois mil quilômetros de mar aberto, a bordo de canoas, para atingir as ilhas da Polinésia Ocidental de Fiji, Samoa e Tonga. Os polinésios, apesar da ausência de bússolas, instrumentos de metal e escrita, eram mestres da arte da navegação e da tecnologia de canoas a vela. Seus ancestrais produziam uma cerâmica conhecida como estilo lapita.
Historiadores acreditavam que as ilhas polinésias foram descobertas ao acaso. Hoje, porém, há fortes indícios de que, tanto as descobertas quanto a colonização foram planejadas por viajantes que em uma incursão predeterminada, navegavam rumo ao desconhecido.
A rota mais provável para a colonização de Páscoa deve ter sido a partir das ilhas de Mangareva, Pitcairn e Henderson, as duas últimas funcionando como trampolins visto que uma viagem direta de Mangareva à Páscoa dura cerca de 17 dias, principalmente transportando produtos essenciais para a sobrevivência da colônia. A transferência de muitas espécies de plantas e animais – de taro a bananas e de porcos a cachorros e galinhas, não deixam dúvidas sobre o planejamento da ocupação de Páscoa pelos seus colonizadores.
É incerta a data de ocupação de Páscoa, tanto quanto é incerta a data de colonização das ilhas polinésias. Publicações sobre a ilha de Páscoa registram sua possível ocupação entre 300-400 d.C., com base em cálculos de tempo a partir de divergências lingüísticas – técnica conhecida como glotocronologia, e em datações radiocarbônicas de carvão, além de sedimentos lacustres. Entretanto, especialistas na história de Páscoa questionam tais cálculos, considerados precários quando aplicados a idiomas complexos como o pascoense "(…) conhecido por nós principalmente através de, e possivelmente contaminado por, informantes taitianos e marquesanos."
No período 600-800 d.C. (as datas exatas ainda são objeto de discussão) as ilhas da Polinésia Oriental (Cook, Sociedade, Marquesas, Austrais, Tuamotu, Havaí, Nova Zelândia, Pitcairn e Páscoa) foram colonizadas. Datações radiocarbônicas mais confiáveis – obtidas através de amostras de carvão e de ossos de golfinhos – que serviram de alimento para seres humanos – extraídas das mais antigas camadas arqueológicas, oferecem prova de presença humana na praia de Anakena. A datação dos ossos de golfinhos foi realizada pelo método EMA (Espectrometria de Massa com Acelerador). Estima-se, portanto, a primeira ocupação de Páscoa em algum tempo antes de 900 d.C. Por volta de 1.200 d.C. os polinésios expandiam suas rotas até Nova Zelândia, completando a ocupação das ilhas habitáveis do Pacífico.
Há evidências de que os insulares de Páscoa eram típicos polinésios, vindos da Ásia em vez da América. Sua cultura (incluindo os moais) saiu da cultura polinésia. Falavam um dialeto polinésio oriental relacionado ao das ilhas do Havaí e das Marquesas (semelhante ao dialeto conhecido como antigo mangarevano). Seus instrumentos (arpões, anzóis, enxós de pedra, limas de coral) eram polinésios e assemelhavam-se a antigos modelos das ilhas Marquesas. Muitos de seus crânios apresentavam uma característica polinésia conhecida como “mandíbula oscilante”. Amostras recolhidas de 12 esqueletos enterrados nas plataformas foram analisados e todos possuíam “(…) uma deleção de nove pares de bases e três substituições de bases presentes na maioria dos polinésios (…)”. Este estudo de DNA comprova que duas dessas três substituições de bases não ocorrem nos nativos americanos, contrariando a tese do explorador norueguês Thor Heyerdahl de que a ilha de Páscoa fora colonizada através do Pacífico oriental, por sociedades indígenas avançadas da América do Sul.
A tradição rapanui conta que o primeiro colonizador, Hotu Matu’a, chegou à ilha com sua família. A lenda é que ele teria se transformado no primeiro rei de Rapa Nui – e seus descendentes, assumido o posto nos séculos seguintes.
Os rapanuis eram comandados por um único líder, mas a sociedade se dividia em vários clãs familiares. Eles viviam em casas feitas de madeira, palha e folhas secas. Os vilarejos mais ricos eram os que tinham mais galinheiros – enormes e feitos de pedra -, pois as galinhas eram uma importante moeda de troca. O ponto mais importante de cada vila era o centro cerimonial.
Esses centros eram compostos de um altar, o ahu, sobre o qual os gigantescos moais ficavam. As estátuas de pedra eram construídas em homenagem a alguém importante do clã que havia morrido.
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Sua posição estratégica – de costas para o mar, olhando para o vilarejo – servia para que, direto da outra vida, o morto continuasse a olhar por seu povo.
ADEUS ÀS ÁRVORES
Entre os séculos 11 e 14, a sociedade rapanui viveu seus dias de glória. O solo vulcânico favorecia o cultivo de diversos alimentos, especialmente a batata-doce. A agricultura eficiente resultou em grande crescimento populacional – estima-se que a ilha chegou a ter 15 mil pessoas. Aí começaram os problemas. Um número maior de habitantes exigia que mais áreas fossem devastadas. "O plantio em grande escala necessita de um campo aberto", afirma o arqueólogo Christopher Stevenson, autor de Easter Island Archaeology ("Arqueo­logia da Ilha de Páscoa", inédito em português). "Outras demandas pela madeira foram para usá-la como combustível e nas estruturas de casas e barcos."
As palmeiras serviam para construir as canoas que os habitantes da ilha usavam em alto-mar para pescar um importante item de sua dieta: golfinhos. Como a vida marinha ao redor da ilha não era tão abundante, só os pescadores mais experientes, com suas canoas duplas (semelhantes a catamarãs), conseguiam trazer golfinhos para a mesa.
A carne do bicho era muito apreciada, assim como a de foca e de 25 tipos de pássaros selvagens. Adivinhe como isso tudo era preparado? Com a queima da lenha retirada nas florestas. Mas não era só a alimentação que provocava desmatamento. Ele foi intensificado por uma disputa que tomou conta da ilha: a obsessão por construir moais.
Os diferentes vilarejos criavam estátuas cada vez maiores. Os primeiros moais, que teriam sido feitos por volta de 1100, tinham entre 2 e 3 metros de altura. Já o maior que chegou a ser posto sobre um altar, esculpido cerca de 300 anos depois, tem 10 metros e pesa 82 toneladas. Aos pés do vulcão Rano Raraku, onde todos os moais eram construídos, há uma estátua com mais de 15 metros e cerca de 270 toneladas, que não chegou a ser terminada. Mas o que fazer moais tem a ver com derrubar árvores? Segundo os pesquisadores, levar um moai do vulcão até um vilarejo e deixá-lo em pé era um trabalho que exigia muita madeira.
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Além disso, de acordo com a arqueóloga americana Jo Anne van Tilburg, da Universidade da Califórnia, um quarto dos alimentos de Rapa Nui era consumido no processo de produção e transporte dos moais – atividades que envolviam entre 50 e 500 pessoas de cada vez. Conforme as palmeiras eram arrancadas, uma série de problemas no solo começou a aparecer. "A terra de cultivo ficou exposta ao sol, ao vento e à chuva", afirma o arqueólogo Claudio Cristino, da Universidade do Chile, um dos maiores estudiosos de Ilha de Páscoa.
O solo sofreu erosão e muitos vilarejos ficaram inabitáveis, pois nada brotava ao seu redor. "Com a destruição dos solos férteis, não é difícil imaginar drásticos períodos de fome em Rapa Nui. Tensões sociais extremas causaram conflitos e a população da ilha, que teria chegado a 15 mil pessoas, começou a diminuir", diz Cristino, autor de 1000 Años en Rapa Nui ("1000 anos em Rapa Nui", sem tradução para o português).
Esse processo de decadência, de acordo com a maior parte dos estudiosos, ocorreu entre os séculos 16 e 17 – antes da chegada dos europeus. Segundo Cristino, a tradição oral rapanui menciona um período de guerras entre aldeias. Quando derrotavam os membros de determinado clã, os vencedores derrubavam os moais do vilarejo de cara para o chão – a maior humilhação que podia ser feita.
As expedições européias que visitaram a Ilha de Páscoa ajudaram a piorar a crise, espalhando epidemias e levando pascoenses como escravos. No fim do século 19, havia pouco mais de 100 pessoas na ilha. Basicamente o mesmo número que teria aportado por lá 1000 anos antes e fundado a sociedade rapanui.
CULPA DE QUEM?
Estudiosos divergem quanto aos motivos do desastre da ilha. O geógrafo Jared Diamond, autor de matérias e livros sobre o assunto, batizou a tragédia de "ecocídio". Ao devastar os recursos naturais da ilha, os rapanuis teriam provocado um desequilíbrio que resultou no fim de um ecossistema e causou seu próprio extermínio.
"A história da Ilha de Páscoa é o exemplo extremo de destruição florestal no Pacífico e está entre os mais extremos do mundo: a floresta desapareceu e todas suas espécies de árvores se extinguiram", escreveu.
Já para o antropólogo americano Terry Hunt, da Universidade do Havaí, não há evidência de que o colapso da população tenha ocorrido antes do contato com os europeus. Hunt sustenta que Rapa Nui foi colonizada bem depois do que se acredita – por volta de 1200. Assim, não haveria tempo para que, em pouco mais de três séculos, a população saltasse para 15 mil habitantes. Sem superpopulação, a teoria do ecocídio não faria muito sentido. Para Hunt, a queda das árvores foi causada por uma mudança climática que ocorreu ao longo dos séculos. E foi intensificada por uma espécie trazida pelos europeus: os ratos. Alimentando-se de frutos e sementes da palmeira, os roedores dificultavam o nascimento de novas árvores.
Discordando da maioria dos especialistas, Hunt afirma que a ação dos colonizadores foi decisiva para acabar com o povo rapanui – assim como ocorreu com muitas outras sociedades pré-colombianas da América, dos astecas aos tupinambás. As expedições européias que freqüentaram a Ilha de Páscoa entre 1722 e 1877 tinham como principal atrativo a população local. Os homens serviam de mão-de-obra escrava em países colonizados pela Espanha e pela Inglaterra. As mulheres viravam escravas sexuais. O missionário alemão Sebastian Englert escreveu sobre dois navios que chegaram lá à procura de escravos.
Segundo o padre, a tripulação capturou 150 nativos e os levou ao Peru, onde todos foram vendidos. Diversas outras expedições fizeram o mesmo.
Na opinião do britânico John Flenley, professor de Geografia na Universidade Massey, na Nova Zelândia, e co-autor de The Enigmas of Easter Island ("Os enigmas da Ilha de Páscoa", também inédito em português), o que ocorreu foi uma combinação de fatores.
"A superpopulação, o declínio dos recursos naturais, a exaustão do solo, as guerras e possivelmente uma mudança climática levaram a sociedade à extinção", diz. "Há a possibilidade de um contato prévio com os espanhóis ter auxiliado, mas não há evidência real para isso." Flenley não acredita na teoria do "ecocídio". "Isso soa rude para o povo rapanui. Eu acredito que eles fizeram exatamente o mesmo que outras sociedades fariam. É da natureza humana explorar o meio ambiente. Apenas o controle de população os teria salvado, mas os métodos disponíveis eram absurdos, como o infanticídio. Eles então entraram em guerra. Nós faríamos o mesmo."
Hoje a Ilha de Páscoa pertence oficialmente ao Chile, país ao qual foi anexada em 1888. Seus habitantes vivem no vilarejo de Hanga Roa, onde funciona o centro comercial da ilha. Há poucas árvores replantadas na ilha, que vive principalmente do turismo.
A história dos antigos rapanuis é contada pelos atuais moradores como exemplo a não ser seguido hoje, mas o paralelo com o mundo atual é inevitável. "Há algumas lições a serem aprendidas com a história da Ilha de Páscoa", afirma John Flenley. "As principais são claras: para não se extinguir, uma sociedade tem de ter controle de natalidade, conservação ecológica e sustentabilidade


Leia mais: http://visaoglobal.org/2007/10/27/o-alerta-que-vem-da-ilha-de-pscoa/#ixzz1WnSrGFmh

Rapa-Nui - Os Gigantes da Ilha de Páscoa

No ano de 1722, domingo de páscoa, às 18 horas. 
. A bordo do navio de Afrikaanske Galei, os marinheiros trabalham normalmente. Há quatro meses e meio tinham levado ferros da Holanda em viagem de exploração e comércio e afora o rápido combate com um grande galeão espanhol, que tinha deixado para trás graças a sua superior velocidade, tudo havia corrido ao gosto do comandante comodoro Jacob Roggeveen. 

Súbito o vigia , anuncia " terra à vista" . Aproximan-se de uma ilha não assinalada no mapa. Com a pouca luz do entardecer chegam em tempo de avistar no litoral, sobre longas muralhas de pedra, enormes gigantes que parecem dispostos a evitar desembarque. Roggeveen manda ancorar longe da costa e decide esperar pelo amanhecer para tomar uma decisão Quando o dia clareia os europeus têm sua segunda surpresa. Os gigantes permaneciam parados e com óculos de alcance foi possível avistar gente de tamanho normal que se movia entre eles. 

Tinha-se assustado com estátuas. Resolvem então desembarcar, após batizar a ilha em honra a data de sua descoberta. (Texto retirado do livro " Grandes Enigmas da Humanidade" Luís Carlos Lisboa e Roberto Pereira de Andrade) 


Estátuas colossais, de mais ou menos 5 metros reinam em toda ilha do Pacifico desafiando a ciência. Como explicar o transporte das colossais estátuas, chamadas Moais, ninguém até hoje soube dizer. As estátuas olham para o norte e nordeste, sul, suldoeste e sudeste. A ilha toda tem 170 km2 de extenção, 3500 km da costa oeste da América do sul. Existem hieróglifos por toda parte da ilha e se fossem decifradas iriam revelar muito sobre a cultura daquela época. 

Fica a seguinte pergunta no ar: Quem e que ferramentas foram usadas na construção daquelas estátuas? Simplesmente esta pergunta está entre nós desde o descobrimento da Grande Pirâmide do Egito. Mas se pensármos bem o Mundo está repleto de enigmas do qual só temos uma resposta, ou fomos auxiliados por seres inteligentes de outras galáxias, ou tivemos uma grande catástrofe da qual esquecemos tudo e recomeçamos da estaca zero... A ilhota é de formação vulcânica, tendo um relevo moderado, superficie de 118 km quadrados, com altitudes que variam de 200 à 500m. Faz parte da província de Val Paraíso no Chile, e constitui a Oceania chilena. Sempre os mesmos traços de impossibilidade, nos canteiros do vulcão, sem terminar ficaram mais de 200 Moais, que não foram terminados nem distribuidos. Batizada como "Te pita, te henua" (umbigo do mundo). 

Existem três tipos de estátuas gigantes: 

-As primeiras estátuas estão situadas nas praias à borda do mar. Seu número é de mais ou menos 200 à 260 e algumas estão à uma distância de mais de 20 km do canteiro do vulcão onde foram modeladas. Estas estavam instalados em vários números, sobre monumentos funerários chamados "ahus"e davam as costas para o mar. Originariamente estiveram tocados por um tipo de chapéu cilíndrico chamado "Punkao", feito com uma rocha avermelhada, tirada do vulcão "Puna Pao". 

-O segundo grupo é o das eregidas ao pé do "Rano Raraku". São estátuas terminadas, porém diferentes das outras, pois seus corpos estão cobertos por símbolos. As órbitas dos olhos não estão desenhadas e precisam de um chapéu ou "punkao". No entanto estas são mais enigmáticas que as anteriores. 

-O terceiro grupo há anos a mais conhecida de todas elas "tukuturi", que possui a particularidade de ter pernas, foi comparada as estátuas da arte pré-incaica criando sérias dúvidas sobre a tese comum da origem dessas populações. A ilha porém foi abandonada por alguma razão... Os obreiros abandonaram suas ferramentas e oficinas. Como se suas causas desta paralização tivessem sido provocadas por uma catástrofe de carater natural, como maremoto, por alguma invasão ou epidemia. 

Pára-Raios? 

Porém alguns cientistas, no ano de 1989, caracterizaram os Moais como "PARA RAIOS", devido a constantes descargas elétricas naquela ilha. Mesmo assim à quem se atribui a inteligência de produzir "para raios" naquela época? Assim do meu ponto de vista, até acho que os moais tenham sido destruídos por raios naquela época, e seus criadores tenham feito os chápeus Punkao, para que as grandes estátuas não fossem danificadas pelo impacto dos raios...já que os chapéus não tem um formato muito criativo, sem ornamentos, digo, bem simples em vista que os monumentos têm muitos detalhes, são ricos de finos traços. 

Eis abaixo o texto retirado do Jornal O Globo - Mundo/Ciencia e vida - Ribamar Fonseca 

" São Luís - As estátuas monolíticas de até dez metros de altura da ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, foram construídas pelos antigos nativos para funcionar como pára-raios e, desse modo protegê-los das descargas elétricas freqüentes naquela região. Essa teoria, já comprovada científicamente através de pesquisas nos laboratórios da Universidade Federal do Maranhão, foi levantada pelo professor Francisco Soares, que passou seis meses na ilha estudando a função dos misteriosos Moai - nome dado às estátuas pelos nativos. 

Soares, de 31 anos, que é engenheiro eletrônico especializado em computação, descobriu que os antigos habitantes da ilha de Páscoa já conheciam na prática a Lei de Gauss, que aplicavam empiricamente, através das gicantescas estátuas para proteger-se das descargas elétricas. A Lei de Gauss determina o comportamento da distribuição de cargas elétricas espaciais sobre uma superfície dielétrica. O chapéu na cabeça das estátuas, de material vulcânico poroso, absorvia os raios e impedia que elas fossem destruidas. Até então imaginava-se que os moai tinham apenas funções relifiosas ou estéticas. 

Dedicando-se, desde 1979, à pesquisa sobre equipamentos primitivos de computação, como o ábaco, uma tábua de cálcuos criada pelos chineses, Francisco Soares chegou a civilização Inca, que possuia a mesma técnica com o quipu, feito de fios. E no rastro do quipu, Soares chegou a Rapa-nui, nome nativo da Ilha de Páscoa, descoberta em 1722, num domingo de páscoa, pelo holandês Jacob Roageveen. Ele conduziu suas pesquisas a partir de de quatro perguntas; Por que os moai foram construídos? Por que eram altos e tinham a forma alongada? Por que o chapéu? Por que só ocupavam a faixa costeira da ilha? 

Até então as gigantescas estátuas haviam sido estudadas apenas por antropólogos e etnólogos, que viam nelas um sentido mistico; teriam poderes mágicos ( os nativos diziam que quem tocasse na sua cabeça morria ) e ao mesmo tempo, seriam uma homenagem aos seus ancestrais. Francisco Soares, no entanto concluiu que as estátuas, dispostas somente no redor da ilha, tinham a função de pára-raios, atraíndo as descargas elétricas. Ficava assim protegido o centro dessa ilha, de 179 quilometros quadrados e a cerca de quatro mil quilômetros da costa do Chile. Ali estavam as habitações e lavouras de subsistência. 

Com o auxílo do professor Antônio Oliveira, mestre em física e matéria condensada do Departamento de Física da Universidade Federal do Maranhão, Soares recriou em laboratório as condições necessárias para a simulação de descargas elétricas. Usou uma fonte de alta tensão, uma câmpanula para fazer vácuo, e miniaturas das estátuas, confeccionadas com o mesmo material dos Moai, dispostas numa maquete da ilha. Comprovou-se, desse modo, que as estátuas com chapéu atraiam todas as descargas elétricas, que eram absorvidas e distribuidas pelo corpo, sem danificá-las. E mais: no escuro, os chápeus, carregados de energia, ficavam iluminados, o que, segundo ele, explica os poderes mágicos atribuídos aos moai. 

Soares concluiu, diante disso, que os antigos nativos da ilha dominavam o conhecimento prático da Lei de Gauss, pois a função de pára-raios só se tornou possível por causa da forma dos chapéus das estátuas e do material vulcânico poroso com que foram confeccionadas, diferentes do material do corpo. Se fosse outro material utilizado, elas seriam destruídas pela primeira descarga elétrica. O jovem cientista maranhense, que deu ao seu trabalho o título de aplicação empírica da Lei de Gauss e difusão elétrica nos moai de Rapa-nui, volta a ilha em julho para novas pesquisas."
Maior estátua construída na ilha tem 10 metros e 90 toneladas. E ainda existe uma outra inacabada com 20 metros de altura.

terça-feira, 30 de agosto de 2011


Como ser feliz na vida a dois?

A sua felicidade não depende do seu parceiro. Aprenda a deixar as expectativas de lado: para amar alguém, basta depender de si mesma


Os assuntos do coração costumam desestabilizar muita gente. Isso acontece porque, muitas vezes, as pessoas apostam todas as fichas no parceiro. Elas acham que a felicidade depende exclusivamente daquilo que o outro pode proporcionar. Eu já disse a vocês que isso é impossível. Então, pare de alimentar expectativas - dependa apenas de si mesma para ser feliz. Esse já é um bom começo para que um relacionamento dê certo.

Nesta semana, trago um texto que ilustra muito bem o que acabo de dizer: "Namoro, casamento e romance têm começo, meio e fim, como tudo na vida. Detesto escutar este tipo de conversa:
— Ah, terminei o namoro.
— Nossa! Quanto tempo?
— Cinco anos. Não deu certo.

Claro que deu! Deu certo por cinco anos, mas acabou. O bom da vida é poder ter vários amores. Não acredito que há pessoas complementares. Há, sim, pessoas que se somam. Às vezes você não consegue dar 100% de você nem para si... Então, como cobrar isso do outro? Além do mais, não existe companheiro completo. Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ele é saradinho, mas não é sensível. Nós não podemos ter tudo nesta vida.

Perceba qual é o aspecto mais importante e invista nele. Quando você tem química com alguém, pode ser o papai-e-mamãe mais básico, mas é uma delícia. Às vezes, por outro lado, você tem aquele sexo cheio de acrobacias, mas que não impressiona nem um pouco. Acho que o beijo é importante. E se o beijo bate, se joga! Se não bater, peça mais um Martini e vá dar uma voltinha. Se ele ou ela não quer mais você, não force a barra. O outro tem todo o direito de não querer você. Não lute, não ligue, não faça escândalo.

Se a pessoa está com dúvidas, o problema é dela. Cabe a você esperar ou não. Tem gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto: ele hesita, vacila, tem dúvidas e medos... Mas se a pessoa realmente gostar, ela volta. Então, nada de drama! Que graça tem ficar com alguém sob chantagem - gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você, e vice-versa. Não fique com alguém por pena ou por medo da solidão. Nascemos sós, morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua: seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é esse de se ver só, na própria companhia? Gostar dói! Você vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Quando você namora outro ser, encara outro universo - e nem sempre as coisas saem como você quer. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que convida você para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Quem disse que ser adulto é fácil?"

Transe transe transe muito  assim você vai estar em penfeita hamônia com seu parceiro(a) faça coisas diferentes coisas que nao precisas sair falando por ai  começa e morre entre quatro paredes assista,leia ,compre,apredenda como enfeitiçar seu parceiro(a) ente viver fazendo com que ele ou ela se apaixone a cada dia novomente por você e tente fazer ele ou ela dar rizada a felcidade esta dentro de nós apenas precisamos busca-la.  

texto por OtaploV27

A vida de Adolf Hitler



Hitler e o ideal nazista: a mobilização de uma nação em torno de um governo totalitário.
Nascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau, Alta Áustria, Adolf Hitler era filho de Alois Hitler, funcionário aduaneiro. Sua mãe, Klara Hitler era prima de seu pai e foi até a casa de Alois para cuidar da sua mulher que já se apresentava adoentada e prestes a morrer. Depois de enviuvar-se, Louis decidiu casar-se com Klara. Para isso, teve que pedir permissão à Igreja Católica, que só liberou o casamento depois da gravidez de Klara.

Do matrimônio de Louis e Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula. Durante os primeiros anos de sua juventude, Adolf era conhecido como um rapaz inteligente e mal-humorado. Na adolescência, foi duas vezes reprovado no exame de admissão da Escola de Linz. Nesse mesmo período começou a formular suas primeiras idéias de caráter anti-semita, sendo fortemente influenciado pelo professor chamado Leopold Poetsch.

A relação de Hitler com seus pais era bastante ambígua. À mãe dedicava extremo carinho e dedicação. Com o pai tinha uma relação conflituosa, marcada principalmente pela oposição que Louis fazia ao interesse de Adolf pelas artes e a arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na seqüência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes. Vivendo em condições precárias, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade.

Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, decidiu se alistar voluntariamente no Exército Alemão, incorporando o 16º Regimento de Infantaria Bávaro. Lutando bravamente nos campos de batalha, conquistou condecorações por bravura durante sua atuação militar e recomendações de um superior de origem judaica. Depois de se recuperar de uma cegueira temporária, voltou para Munique trabalhando no departamento de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas.


Em 1919, depois de presenciar a derrota militar alemã, filiou-se a um pequeno grupo político chamado Partido Trabalhista Alemão. Em meio às mazelas que o povo alemão enfrentava, esse partido discutia soluções extremas mediante os problemas da Alemanha. Entre outros pontos, pregavam a extinção dos tratados da Primeira Guerra, a exclusão sócio-econômica da população judaica, melhorias no campo econômico e a igualdade de direitos políticos.

Utilizando seus grandes dotes oratórios, Hitler começou a angariar a adesão de novos partidários e propôs a mudança do partido para o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A renovação do nome acompanhou a criação de uma nova simbologia ao partido (uma bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a incorporação de milícias comprometidas a defender o ideal do partido. As chamadas Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de perturbar as reuniões de grupos marxistas, estrangeiros e comunistas.

Dois anos depois de integrar o partido, Hitler tornara-se chefe supremo do Partido Nazista (contração do termo alemão “Nationalsozialist”). Agrupado a um pequeno grupo de partidários, Hitler esboçou um golpe político que foi contido pelas autoridades alemãs. No ano de 1923, foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais só cumpriu apenas oito meses. Nesse meio tempo, escreveu as primeiras linhas de sua obra (um misto de autobiografia e manifesto político) chamada “Mein Kampf” (Minha Luta).

Liberto, resolveu remodelar as diretrizes de seu partido incorporando diretrizes do fascismo, noções de disciplina rígida e a formação de grupos paramilitares. Adotando uma teoria de cunho racista, Hitler dizia que o povo alemão era descendente da raça ariana, destinada a empreender a construção de uma nação forte e próspera. Para isso deveriam vetar a diversidade étnica em seu território, que perderia suas forças produtivas para raças descomprometidas com os arianos.

No campo político, o partido de Hitler era contrário à definição de um regime político pluripartidário. A diferença ideológica dos partidos somente serviu para a desunião de uma nação que deveria estar engajada em ideais maiores. Dessa forma, as liberdades democráticas eram vetadas em favor de um único partido liderado por uma única autoridade (no caso, Hitler), que estaria comprometido com a constituição de uma nação soberana. Entre outras coisas, Hitler defendia a construção de um “espaço vital” necessário para a nação ariana cumprir seu destino.

O ideário nazista, prometendo prosperidade e o fim da miséria do povo alemão, alcançou grande popularidade com a crise de 1929. Os nazistas organizavam grandes manifestações públicas onde o ataque aos judeus, marxista, comunistas e democratas eram sistematicamente criticados. Prometendo trabalho e o fim das imposições do Tratado de Versalhes, os nazistas pareciam prometer ao povo alemão tudo que ele mais precisava. Em pouco tempo, grupos empresariais financiaram o Partido Nazista.

No início da década de 1930, o partido tinha alcançado uma vitória expressiva que se manifestou na presença predominante de deputados nazistas, ocupando as cadeiras do Poder Legislativo alemão. No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hilter para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha.

Depois de aniquilar dissidentes no interior do partido, na chamada Noite dos Longos Punhais, Hitler começou a colocar em prática o conjunto de medidas defendidas por ele e o partido nazista. Organizando várias intervenções na economia, com os chamados Planos Quadrienais, Hitler conseguiu ampliar as frentes de trabalho e reaquecer a indústria alemã. A rápida ascensão econômica veio seguida pela ampliação das matérias primas e dos mercados consumidores. Foi nesse momento que a teoria do Espaço Vital fora colocada em prática.

Hitler, tornando-se um grande líder carismático e ardoroso estrategista, impôs à Europa as necessidades do Estado nazista. Depois de exigir o domínio da região dos Sudetos e assinar acordos de não-agressão com os russos, o governo nazista tinha condições plenas de por em prática seu grande projeto expansionista. Com o início da Segunda Guerra, Hitler obteve grandes vitórias que pareciam lhe garantir o controle de um amplo território, suas profecias pareciam se cumprir.

Somente após a invasão à Rússia e a entrada dos EUA no conflito, a dominação das forças nazistas pôde ser revertida. A vitória dos Aliados entre 1943 e 1944 colocou Hitler em uma situação extremamente penosa. Resistindo à derrota, Hitler resolveu se refugiar em seu bunker, em Berlim. Himmler, um dos generais da alta cúpula nazista, tentou assinar um termo de rendição sem o consentimento de Adolf Hitler. O acordo foi rejeitado pelos Aliados, que continuaram a atacar as tropas alemãs.

Indignado, Hilter resolveu substituir Himmler pelo comandante Hermann Gering, que logo pediu para assumir o governo alemão. Irritado com seus comandados, em um último ato, Hilter nomeou Karl Doenitz como presidente da Alemanha e Joseph Goebbeles, chanceler. Em 30 de abril de 1945, sem oferecer nenhum tipo de resistência militar, Goebbeles, Hitler e sua esposa, Eva Braun, suicidaram-se.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Anderson Silva THE SPYDER

RIO - A torcida foi à loucura, na HSBC Arena, na última e mais aguardada luta do UFC Rio. Em sua nona defesa de cinturão e a 15ª vitória consecutiva, sob os gritos de 'Spider', o peso médio Anderson Silva se vingou do japonês Yushin Okami por nocaute, no segundo round, confirmando o favoritismo. O lutador oriental foi o último a derrotar o brasileiro, em 2006

Anderson Silva comemora a vitória com a galera - Alexandre Cassiano
O Brasil teve uma noite perfeita no UFC Rio. Além de Anderson Silva, os outros dois principais brazucas na competição venceram por nocaute: Rodrigo Minotauro e Maurício Shogun.
FOTOGALERIA:Veja imagens do UFC Rio
No primeiro round, Okami tomou a iniciativa primeiro, mas a poucos segundos do fim, levou um chute no rosto. No início do segundo round, Anderson Silva dominou e nocauteou Okami.
Num duelo de ex-campeões do UFC, o brasileiro Maurício Shogun se vingou da derrota sofrida em 2007. E levou o americano Forrest Griffin a nocaute, logo no primeiro round. O público foi ao delírio e gritou: 'Ô, ô, ô, o campeão voltou, o campeão voltou'.
Na luta mais equilibrada do UFC Rio, Edson Barboza e o inglês Ross Pearson travaram uma verdadeira batalha nos três rounds. E a vitória do brasileiro foi decidida pelos juízes.
Minotauro levanta o público
Minotauro comemora a vitória - Alexandre CassianoO público foi ao delírio na segunda luta do card principal . Sob os gritos de 'Ê, ô, ê, ô, Minotauro é o terror', Rodrigo Minotauro - que voltava a competir após cirurgia - conquistou a primeira vitória brasileira no card principal. Ele nocauteou o americano Brendan Schaub, ainda no primeiro round.
Fim de luta, a torcida gritou 'Ô, ô, ô, Minotauro voltou'.
Na primeira luta do card principal, o brasileiro Luiz 'Banha' Cané começou muito bem, mas ainda no fim do primeiro round, acabou nocauteado pelo búlgaro Stanislas Nedkov. Mesmo após a derrota, a torcida gritou 'Olê, olê, olá, banha, banha'. Já Nedkov balançou a bandeira búlgara e provocou a torcida.
O card preliminar do UFC Rio foi encerrado com mais uma vitória brasileira. O catarinense Thiago Tavares nocauteou o americano Spencer Fisher no segundo round após acertar uma sequência de socos com o adversário já caído. O árbitro interrompeu a luta, para delírio da torcida e de Thiago, que não conseguia se conter no octógono, correndo para todos os lados com uma bandeira brasileira na mão.
Na penúltima luta, Rousimar Palhares, o "Toquinho", e Dan Miller protagonizaram uma disputa sensacional no UFC Rio. Empurrado pela torcida e mostrando uma vontade descomunal, Toquinho partiu para cima do americano no primeiro round, derrubou o adversário e chegou a comemorar, subindo na grade do octógono, achando que a luta havia acabado. O árbitro, porém, não havia paralisado o combate. Miller se recompôs e, numa virada sensacional, conseguiu acertar um forte soco que tonteou e derrubou o brasileiro.
Toquinho se levantou, reagiu e amassou Dan Miller no segundo round. O americano sangrou muito e passou quase todos os cinco minutos no chão, se defendendo como podia dos socos e chutes do brasileiro. Miller evitou o nocaute, mas, após um terceiro round morno, com os dois lutadores dando sinais de cansaço, a vitória foi do brasileiro na decisão dos juízes.
Clima de 'Brasil x Resto do Mundo'
A primeira luta do UFC Rio envolvendo um brasileiro contra um estrangeiro trouxe à HSBC Arena, na Barra da Tijuca, o clima de "Brasil x Resto do Mundo" que Anderson Silva tantou falou nos dias anteriores aos combates. O americano David Mitchell foi saudado com o grito de "uh, vai morrer", enquanto o brasiliense Paulo Thiago, policial do BOPE, foi recebido com gritos de "Brasil, Brasil" após entrar no octógono com a música que foi trilha do filme "Tropa de Elite".
Em uma luta muito equilibrada, Paulo Thiago acertou bons golpes no americano, arrancando gritos de "caveira, caveira!" da torcida. Após os três rounds, a decisão dos juízes foi unânime: vitória para o brasileiro.
- Foi uma luta muito importante para mim. Treinei muito, meu adversário foi muito difícil e está de parabéns. Consegui mais uma vitória e vamos para a próxima Caveira! - comemorou o brasileiro.
Antes de Thiago, o capixaba Erick Silva, de Vila Velha, treinado pela Team Nogueira, equipe de Rodrigo Minotauro, foi o primeiro lutador a levantar a torcida na disputa do card preliminar. Ele derrotou em apenas 40 segundos o carioca Luiz Beição Ramos, da equipe de José Aldo, o campeão do peso pena do UFC. Erick desferiu dois socos em Beição. O segundo deles derrubou o rival no octógono. O capixaba partiu para cima e aplicou outros golpes, até que o árbitro interrompeu a luta e decretou o nocaute.
Campeão do Jungle Fight, Erick estreava no UFC:
A primeira luta do UFC Rio, que terminou com vitória do haitiano Yves Jabouin sobre o americano Ian Loveland - Alexandre Cassiano
- É um sonho lutar no UFC. Treinei no Rio nos últimos três meses e estou muito feliz - disse o lutador, após o combate.
Esta foi a terceira luta do dia entre brasileiros. Na primeira, Yuri 'Marajó' Alcântara bateu Felipe 'Sertanejo' Arantes na decisão dos juízes. Logo após a luta de Erick, o recifense Raphael Assunção derrotou por decisão unânime dos jurados o estreante no UFC Johnny Eduardo. O combate foi equilibrado, mas sem muita emoção. No final os torcedores chegaram a vaiar. Antes deles, o haitiano Yves Jabouin abriu o card preliminar derrotando o americano Ian Loveland na decisão dos juízes.